Transformamos a nossa fundação em uma galeria viva, celebrando a criatividade dos nossos educandos e a riqueza cultural da África e do mundo, conectando expressões artísticas com a identidade local e global.
Uma Celebração de Talento e Criatividade
No dia 25 de setembro, a Fundação Khanimambo transformou-se em uma vibrante galeria de arte com a Exposição de Artes, um evento cheio de inspiração e criatividade. A jornada contou com a participação de personalidades destacadas como o filósofo e escritor Jessemusse Cacinda, cofundador da Ethale Publishing, membros do Banco Santander que visitavam a fundação, a Diretora Provincial de Assuntos Sociais de Gaza, Seana José Daud, e o professor Artur Chanjale da UniSave, que participou acompanhado por estudantes de Psicologia Social e Comunitária. Pais, tutores e membros da comunidade educativa também participaram, compartilhando o entusiasmo pelas expressões artísticas dos educandos. Foi uma oportunidade única para destacar o papel da arte na educação e no desenvolvimento integral dos nossos jovens.
Espaços Temáticos que Transportam o Mundo
A exposição foi dividida em diferentes espaços temáticos que permitiram explorar tanto a identidade africana quanto a influência de correntes artísticas internacionais:
Artesanato, Costura e Souvenir: Este espaço valorizou as habilidades manuais dos nossos educandos, que apresentaram peças que combinam tradição local com um toque inovador. Cada peça, cuidadosamente elaborada, contava uma história única sobre a identidade cultural da região. Os visitantes tiveram a oportunidade de adquirir souvenirs cheios de significado, refletindo a dedicação e o talento dos jovens artistas.
Espaço África: Aqui, os grupos Crocodilos, Hipopótamos e Búfalos apresentaram esculturas inspiradas nas tradições africanas, evocando a espiritualidade e o legado artístico de figuras icônicas como Alberto Chissano. As máscaras expostas não apenas simbolizavam a conexão com a ancestralidade, mas também convidavam à reflexão sobre identidade e pertencimento cultural.
Espaço Internacional: Nesta seção, os grupos Esquilos e Impalas ofereceram uma interpretação vibrante das formas geométricas de Piet Mondrian, enquanto as Girafas homenagearam a liberdade criativa de Anita Malfatti. As Zebras exploraram as paisagens surrealistas de Salvador Dalí, e os Leões trouxeram a intensidade expressiva de Bertina Lopes para suas próprias obras, misturando história colonial e busca por identidade.
Interação e Expressão Artística ao Vivo
Mais do que uma simples exposição, o evento tornou-se um espaço de interação entre educandos e visitantes, promovendo um diálogo enriquecedor. Cada jovem artista tornou-se narrador das suas próprias criações, explicando os processos criativos e os significados por trás de cada obra. Um momento especial foi a exposição fotográfica de Joaquim, cujas imagens capturaram a essência da vida cotidiana no Centro Munti. As fotografias destacaram não apenas momentos de alegria e companheirismo, mas também o afeto e a comunidade que definem Khanimambo.
Palavras, Poesia e Performance
A arte também se manifestou através da palavra no Espaço Malangatana, onde poesia, música e performance se entrelaçaram em um espetáculo vibrante. A educadora Ingrid Ellen abriu com a poesia Descendentes de Reis e Rainhas, convidando o público a refletir sobre a herança africana e a necessidade de uma revolução interna. Seguiram-se declamações de poetas consagrados e composições originais dos nossos educandos, como a poesia Plantar Sementes para Germinar Revoluções, acompanhada por música ao vivo, integrando instrumentos com a participação coral de vários alunos. Cada apresentação foi uma amostra de empoderamento cultural, ressaltando a importância de lembrar e celebrar nossas raízes.
Um Evento para Recordar
A exposição terminou em um espaço descontraído para que os participantes pudessem compartilhar impressões sobre a jornada. A Exposição Anual de Artes é muito mais do que um evento; é uma celebração do poder transformador da arte, um lembrete de que, através da criatividade, podemos construir novas realidades. Esta jornada demonstrou que a arte não tem fronteiras e que, com imaginação e esforço, é possível moldar um futuro muito mais atraente.